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Observamos ainda que a publicização dos textos nesse blog atendem especificamente ao objetivo de propiciar a leitura prévia dos participantes do Círculo 2009. Os textos serão devidamente reorganizados e formatados com todas as notas e publicados em Caderno Especial para o evento.

Texto referente à roda de conversa Bakhtiniana

Marcelo Cardoso Pardo

Para os propósitos deste texto, o que segue não é uma análise de ideias bakhtinianas, mas sim a importante influência de seu trabalho na análise do discurso e semiótica, o que podemos dizer então que Bakhtin é na verdade um filósofo da linguagem.

Mikhail Bakhtin dedicou a vida ao estudo das relações que os homens estabelecem entre si no meio social através da mediação da linguagem e é justamente nas relações interpessoais que passamos a construir o conhecimento, os quais se organizam por meio da introdução de discursos alheios.

Bakhtin representa uma sociologia discursista, a qual podemos enfatizar o discurso verbal que não pode ser compreendido fora da situação social que o gera, assim podemos inferir, então que as concepções de Bakhtin em relação à linguagem colocam a interação com o outro no mundo social como central no processo de constituição da consciência.

Pode-se propor, a partir dessa visão, que a nossa participação nas práticas de diferentes comunidades leva à construção de identidades em relação a essas comunidades. Sob esse prisma, participar, por exemplo, de um grupo virtual, de uma equipe de trabalho ou de uma discussão em sala de aula constitui-se ao mesmo tempo em ações e formas de pertencimento. Tais participações influenciam não apenas o que fazemos, mas quem somos e a forma como interpretamos aquilo que fazemos.

Todos nós pertencemos a comunidades diferentes como: casa, trabalho, escola, internet etc., comunidades essas que mudam no correr de nossas vidas e ao relacionarmos conceitos de identidades sociais à prática das concepções bakhtinianas, pretendemos discutir questões sócio-histórica, dentro de um processo reflexivo, no qual o diálogo se torna um processo de reflexão sobre um processo de construção da identidade social.

Enfim, o estudo da língua é fundamental, sem ele não avançamos no campo da linguagem e suas sub-divisões já que nosso objetivo é conhecer o exercício efetivo da fala em sociedade.

Referência bibliográfica
BAKHTIN, M. /VOLOCHINOV, V. N. (1929). Marxismo e filosofia da linguagem. 12 ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

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