Breno Luis Deffanti
Em “Gêneros do Discurso”, Bakhtin afirma que há gêneros discursivos mais propícios a manifestação da individualidade e gêneros menos propícios. Entre os gêneros mais propícios, ele cita o trabalho literário e entre os menos propícios os documentos e outras formas padronizadas.
Esperamos que o papel da por excelência fosse criar condições para que o aluno manipule os gêneros discursivos e construa sua subjetividade. Os textos escolares, por sua vez, deveriam ser o instrumento ideal do aluno na construção do seu estilo. Entretanto, a impressão que temos é que o contrário acontece: a escola é um lugar em que os textos do cotidiano (textos de internet, jornalísticos e de propaganda) são cada vez menos permitidos, os textos escolares (dissertações, narrações e cartas) cada vez mais padronizados e menos dialógicos e o espaço para que o aluno construa seu estilo e sua subjetividade cada vez menor.
Dissertações, cartas e narrações tornaram-se textos cada mais padronizados e reduzidos ao contexto escolar. Assim, a escola considera como bom texto aquele que está mais próximos aos padrões impostos e o aluno que escreve bem aquele que adéqua seu estilo a essa padronização.
Mas o que acontece com o texto que foge dos padrões escolares? Qual é o trabalho do aluno que produz um texto considerado errado?
Muitas vezes, os professores veem nos textos escolares que fogem ao padrão apenas alunos com dificuldades de aprendizagem. Entretanto, os “textos errados” são justamente aquele que revelam um trabalho extremamente complexo na manipulação dos gêneros do discurso.
A instabilidade na adequação dos textos à padronização escolar revela muitas vezes um trabalho muito mais rico na construção da subjetividade e estilo dos alunos.
Em “Gêneros do Discurso”, Bakhtin afirma que há gêneros discursivos mais propícios a manifestação da individualidade e gêneros menos propícios. Entre os gêneros mais propícios, ele cita o trabalho literário e entre os menos propícios os documentos e outras formas padronizadas.
Esperamos que o papel da por excelência fosse criar condições para que o aluno manipule os gêneros discursivos e construa sua subjetividade. Os textos escolares, por sua vez, deveriam ser o instrumento ideal do aluno na construção do seu estilo. Entretanto, a impressão que temos é que o contrário acontece: a escola é um lugar em que os textos do cotidiano (textos de internet, jornalísticos e de propaganda) são cada vez menos permitidos, os textos escolares (dissertações, narrações e cartas) cada vez mais padronizados e menos dialógicos e o espaço para que o aluno construa seu estilo e sua subjetividade cada vez menor.
Dissertações, cartas e narrações tornaram-se textos cada mais padronizados e reduzidos ao contexto escolar. Assim, a escola considera como bom texto aquele que está mais próximos aos padrões impostos e o aluno que escreve bem aquele que adéqua seu estilo a essa padronização.
Mas o que acontece com o texto que foge dos padrões escolares? Qual é o trabalho do aluno que produz um texto considerado errado?
Muitas vezes, os professores veem nos textos escolares que fogem ao padrão apenas alunos com dificuldades de aprendizagem. Entretanto, os “textos errados” são justamente aquele que revelam um trabalho extremamente complexo na manipulação dos gêneros do discurso.
A instabilidade na adequação dos textos à padronização escolar revela muitas vezes um trabalho muito mais rico na construção da subjetividade e estilo dos alunos.
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