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Observamos ainda que a publicização dos textos nesse blog atendem especificamente ao objetivo de propiciar a leitura prévia dos participantes do Círculo 2009. Os textos serão devidamente reorganizados e formatados com todas as notas e publicados em Caderno Especial para o evento.

O gênero primário-cotidiano na literatura

Tania Celedon


Introdução

“Ensinar uma língua estrangeira não pode ser interpretado como simplesmente ensinar língua. A língua é, primeiramente, um meio de comunicação. Dentro desse contexto, a língua deve permitir e facilitar nossa expressão, assim como possibilitar nossa compreensão da diferença e da diversidade”.


(FERREIRA, Claudia Cristina- Universidade Estadual de Londrina CAPE)


O curso de coloquial na aquisição da aprendizagem de uma língua estrangeira auxilia a integração do ensino possibilitando, assim, a compreensão da diferença e da diversidade da língua. Entende-se que a língua é um meio de comunicação onde a questão coloquial permite a facilidade de expressão.

A linguagem coloquial pode ser utilizada também com o propósito de reproduzir simultaneamente uma sociedade, despertando o interesse do aluno na literatura para adquirir novas descobertas e visão ampla de uma comunicação.


Esta visibilidade abrangente facilita a compreensão da linguagem enriquecendo o vocabulário e objetivando a importância do sentido coloquial e na literatura e na produção de textos. E através do sentido simples da linguagem que podemos decifrar com percepção que o idioma envolve sem infinidade fazendo com que o individuo decifre cuidadosamente observando que a linguagem e a literatura estão entrelaçadas num processo coletivo no dia a dia.


“Trata se da comunicação na vida cotidiana. Esse tipo de comunicação é extraordinariamente rica e importante. Por um lado, ela esta diretamente vinculada aos processos de produção e, por outro lado, diz respeito às esferas das diversas ideologias especializadas e formalizadas.

(Bakhtin, marxismo e filosofia da linguagem, pag 37)


Objetivo


O objetivo deste trabalho visa apresentar o uso coloquial em duas obras literárias; La tia Julia y El escribidor-Llosa, Mario Vargas, Eva luna- Allende, Isabel.


Escolhemos estes autores porque fazem parte da literatura hispanoamericana contemporânea e possui uma característica visível da linguagem coloquial dentro de sua obra. Observamos porem, atenciosamente que o coloquial na literatura contemporânea possui muito mais semelhança com a realidade do que podemos imaginar, o que auxilia o estudo de uma LE. O professor aproveita esta linguagem, estimulando o aluno na analise coloquial para diminuir as dificuldades do estudo de uma LE.


“Assim liberto da escrita nobre, o artista volta-se para uma forma prosaica de dizer, feita de palavras simples e que, inclusive, admite erros gramaticais, conforme Oswald de Andrade preconiza no manifesto da poesia Pau Brasil, de 1894”.

(Gonzaga-Sergius- Característica da literatura modernista:- linguagem coloquial, UFRGS)


Através deste estudo podemos ver a motivação dentro da sala de aula auxiliando a construção da linguagem em língua estrangeira num contexto cotidiano que está muito mais perto do real que o clássico e padrão de uma literatura de outra época.Observa-se, porem, que este estudo lingüístico estimula o aprendiz de uma LE proporcionando amplitude de vocabulário e despertando o interesse do estudo da língua, visando que o coloquial encontra-se em vários aspectos da vida e dentro de muitas revelações. Isto se encontra na analise de BACKTHIN como gêneros primários.


“Não é tanto a pureza semiótica da palavra que nos interessa na relação em questão, mas sua “ubiqüidade social”. Tanto é verdade que a palavra penetra literalmente em todas as relações entre indivíduos, nas relações de colaboração, nas de base ideológica, nos encontros fortuitos da vida cotidiana, nas revelações de caráter político, etc. “

(Bakhtin, marxismo e filosofia da linguagem, pag 37)



Vemos então o coloquial como parte do cotidiano popular, sendo diferente da linguagem padrão empregada oralmente dentro da sociedade. Isto atualmente encontra-se em muitas obras literárias contemporâneas, devido a sua informalidade e a toda carga emocional expressiva. Esta linguagem ajusta-se na compreensão e na forma de ver o mundo de um povo, o que nos auxilia no processo de ensino e aprendizagem de uma linguagem mostrando interdependência cultural.


Estas formas de “décimos” de apresentarmos ante los demas, de constituirnos em los otros de los atros, vantrazando La trama de nuestra identidad que se afirma en La diferencia e história que se contituye por un entrecruzamiento de vocês que luchan por ser reconocidas em un acto permanente de narricion”.

(hachen, 2004).


Parece-nos importante apresentar aos alunos do 4º ano as características da linguagem coloquial da literatura moderna, alem das inovações naturais da linguagem onde se apresenta espontaneamente, mesclando expressões da língua padrão em termos populares.


Sabemos porem, que a linguagem coloquial faz parte do cotidiano onde o falante ao utilizá-la comete deslizes, por exemplo: ”To com fome”, no lugar de “Estou com fome”, este exemplo é característica do uso constante de expressões populares e frases feitas.


“E portanto claro que a palavra será sempre o indicador mais sensível de todas as transformações sociais, mesmo daquelas que apenas despontam; que ainda não tomaram forma, que ainda não abriram caminho para sistemas ideológicos estruturados e bem formados”.

(Bakhtin, marxismo filosofia da linguagem pag 41)


Este estilo de linguagem não segue padrões rígidos, não é utilizada em documentos ou textos científicos, podemos encontrá-la em propagandas de televisão, publicidade no dia-a-dia principalmente no exterior. Pelo fato de possuir caráter subjetivo ela pode livre de formalidades criando novas expressões no decorrer do tempo tornando- se incorporada a linguagem geral. Observamos o grau de evidencia existente entre a linguagem culta e a coloquial mas há vários aspectos onde os limites não são tão claros para definir entre o culto e o coloquial. Na literatura contemporânea observa-sea relação amigável entre ambos, facilitando e elevando a compreensão do leitor.


Propomo-nos um trabalho com os alunos de LE, onde possam ser aplicadas as leituras de textos e obras, englobando comentários referentes a questão coloquial. Pretendemos obter avaliações que nos dêem referencias positiva como respostas, visando a utilização das expressões numa redação.


Analisemos algumas frases das obras:


Col:-“meti La cabeza por La ventana.”

Form:- asome La cabeza por La ventana.”

Col:- “Esos temas terrenales no Le importabran un comino.”

Form:- “Esos temas terrenales ao Le importaban..”

Trad= comino- tempero culinário bem muido que dentro dessa frase chega a esconder-se como metáfora para dizer abertamente o “nada” da questão.

Col:- “este Don Mario , siempre jodiendome El estilo.”

Form:-“Este Don Mario, siempre fastidiandome El estilo..”

(LLosa, Mario Vargas- La tia Julia y El escribidor, cap. II)


Col:-..., em los cuales a algunos se les solto La lengua y hablaron...”

Form..., em los cuales muchos sintieron deseos de expresarse y hablaron...”

(ALLENDE, pag 18)


Col:-..., Para que ella los cogiera al vuelo antes que tocaran el suelo”.

Form:..., Para que ella los cogeira rapidamente antes que tocaran el suelo”.

Obs:- vuelo, significado de “rápido” na frase.

(ALLENDE, Isabel –EUA luma, pag 18 )


“O professor deve estabelecer seus objetivos em relação ao grupo, entretanto deve conhecer os objetivos gerais de seus alunos para que os mecanismos que utilizam sejam eficazes do sentido de motivá-los de forma embrasada.”


(Durão, Adja Balleno de Amorin Barbieri Lopes : Ramos, Silvana Sabino; Consalter, muzayan salter- Universidade estadual de londrina)

Conclusão:


Como vemos a motivação é fundamental na aprendizagem de uma LE, o conhecimento da linguagem coloquial que pode ser motivadora dentro da oralidade a escola, facilitando a compreensão e expandindo conhecimento. No entanto notamos que língua e cultura não podem ser separadas. Acultura encontra-se presente na escrita, na literatura e na compreensão oral. A linguagem coloquial supõe em geral o dialogo e muito raramente ao monologo, com isto inclui-se que a linguagem formal possui caráter objetivo, enquanto na informal trata-se do fraternal, da motivação e da integração.


Referencias bibliográficas:


  • ALLENDE, Isabel. Eva luma, Buenos Aires, Ed. Sudamericana, 1987.
  • BAKHTIN, Mikhail – marxismo e filosofia da linguagem- Ed Hucitec, São Paulo, 1992.
  • LLOSA, Mario Vargas, La tia Julia y El escribidor. Biblioteca de bolsillo, septiembre, 1988.
  • Hachen, Rodolfo Raul, AL
  • Xeple. Amais do encontro de professores e línguas estrangeiras- cultura diversidade e o ensino de língua estrangeira. Universidade estadual de londrina, 2002.
  • Gonzaga, Sergio, publicação eletrônica. Mensagem recebida por.
  • http://educatema.terra.com.br/literatura/modernismo

Um comentário:

Unknown disse...

É MUITO TRISTE QUANDO SE VAI APRENDER UMA LE E O PROFESSOR NÃO SAI DAQUELA AULA Q É PURA GRAMÁTICA, SAI-SE DA AULA COM UM VAZIO ENORME SENTIMENTO DE TEMPO PERDIDO ALGUMAS PALAVRAS SOLTAS APRENDIDAS. "COMO MUDAR A CABEÇA DE UM PROFESSOR, ABRIR COM MACHADO?" Mª BERNADETE KOCH