Maria Regina de Paula
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A linguagem oral, o dialogo e as interações verbais colaboram expressivamente no processo para a construção do conhecimento individual e coletivo, em sala de aula.
A interação entre o falante e seus interlocutores, possibilita a construção do conhecimento através da troca de experiência entre interlocutores (educador-aluno/alunos-alunos). Além disso, a comunicação expressiva oral é um importante meio de socialização entre sujeitos produtores de textos.
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Em atividades de leitura e produção de textos orais, seguem princípios sócio interacionistas, derivados da concepção dialógica de linguagem, considerada, deste ponto de vista, como forma de interação social (Bakhtin, 2004).
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Considera o sujeito como produtor de textos orais, com possibilidade de interagir e construir novos textos a partir de si mesmo e do texto de vários interlocutores, levando em consideração a sua construção e a do outro; construções do presente e do passado.
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Assim, para o grupo, a interação e o dialogo constituem-se como condição para a produção e a interpretação de todo e qualquer texto.
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Desta forma, a linguagem é utilizada pelo falante como veículo de comunicação a partir das mensagens que envia e recebe, interagindo com o outro para uma determinada finalidade as quais caracterizam uma atividade de interação entre os indivíduos. Então, a palavra, a oralidade, o diálogo e a interação verbal constituem, também, processos individuais e coletivos para a produção do conhecimento.
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"O reconhecimento do EU a partir do OUTRO, ao estabelecer relações dialógicas com o OUTRO, com as outras coisas e com as outras pessoas, esse outro já é humanizado, pois que ele já é constituído pelas materialidades sócio históricas por onde andou, e também é possuído pelo ponto de vista dos outros" (Miotello, in: Moita, pp.393-394).
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Uma sala de aula constituída por alunos que apresentam dificuldades na comunicação expressiva oral, ao parecer articulação do pensamento, a fala é dificultosa; há lacunas na sua expressão oral que me dificultam compreender o que, exatamente, desejam transmitir, a priori. Ou seja, no intervalo entre o exercício do pensamento e o que é dito, surgem palavras entrecortadas que não explicitam sentido, mas que, gradativamente, através do diálogo, tornam-se inteligíveis.
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Como nos informa Vygotsky (in: Oliveira, p.51) "O uso da linguagem como instrumento de pensamento supõe um processo de internalização da linguagem. Isto é, não é apenas por falar com as outras pessoas que o individuo dá um salto qualitativo para o pensamento verbal; ele também desenvolve, gradualmente, o chamado "discurso interior" que é uma forma interna de linguagem, dirigida ao próprio sujeito e não a um interlocutor externo".
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O incentivo à expressividade, na comunicação oral, permite aos alunos exporem seu pensamento acerca do tema em pauta, com perguntas, opiniões e reflexões, relacionando a expressão de seu próprio pensamento aos de outros colegas e, assim, reorganizar a lógica textual oral, individual e coletiva para, então, melhor elaborar seu texto final.
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Assim, o objetivo é a exteriorização do pensamento dos alunos através da oralidade e, ao mesmo tempo, promover a interação entre todos através do diálogo, transmitindo e recebendo não apenas opiniões subjetivas, como também, promovendo a comunicação oral entre todos, além de estabelecer harmonia na comunicação interindividual, respeito e compreensão a outras leituras diferentes das suas.
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De acordo com Stella (2005), fundamentada em Bakhtin, "[...] A compreensão do mundo, pelo sujeito, acontece no confronto entre as palavras [signo social] da consciência [discurso interior] e as palavras circulantes na realidade, entre o interno e o externamente ideológico. A interiorização da palavra acontece como uma palavra nova, surgida da interpretação desse confronto".
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Referências Bibliográficas
BAKHTIN, Mikhail (V.N.Volochínov). Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 2004.
MIOTELLO, Valdemir. O diferente sou eu para o outro: pensares rascunhado à sombra e luz de Bakhtin. In: LOPES, Luis Paulo da Moita (org.): Por uma lingüística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006, PP.393-396.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky. Aprendizado e desenvolvimento: Um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1997, p.51.
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A linguagem oral, o dialogo e as interações verbais colaboram expressivamente no processo para a construção do conhecimento individual e coletivo, em sala de aula.
A interação entre o falante e seus interlocutores, possibilita a construção do conhecimento através da troca de experiência entre interlocutores (educador-aluno/alunos-alunos). Além disso, a comunicação expressiva oral é um importante meio de socialização entre sujeitos produtores de textos.
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Em atividades de leitura e produção de textos orais, seguem princípios sócio interacionistas, derivados da concepção dialógica de linguagem, considerada, deste ponto de vista, como forma de interação social (Bakhtin, 2004).
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Considera o sujeito como produtor de textos orais, com possibilidade de interagir e construir novos textos a partir de si mesmo e do texto de vários interlocutores, levando em consideração a sua construção e a do outro; construções do presente e do passado.
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Assim, para o grupo, a interação e o dialogo constituem-se como condição para a produção e a interpretação de todo e qualquer texto.
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Desta forma, a linguagem é utilizada pelo falante como veículo de comunicação a partir das mensagens que envia e recebe, interagindo com o outro para uma determinada finalidade as quais caracterizam uma atividade de interação entre os indivíduos. Então, a palavra, a oralidade, o diálogo e a interação verbal constituem, também, processos individuais e coletivos para a produção do conhecimento.
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"O reconhecimento do EU a partir do OUTRO, ao estabelecer relações dialógicas com o OUTRO, com as outras coisas e com as outras pessoas, esse outro já é humanizado, pois que ele já é constituído pelas materialidades sócio históricas por onde andou, e também é possuído pelo ponto de vista dos outros" (Miotello, in: Moita, pp.393-394).
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Uma sala de aula constituída por alunos que apresentam dificuldades na comunicação expressiva oral, ao parecer articulação do pensamento, a fala é dificultosa; há lacunas na sua expressão oral que me dificultam compreender o que, exatamente, desejam transmitir, a priori. Ou seja, no intervalo entre o exercício do pensamento e o que é dito, surgem palavras entrecortadas que não explicitam sentido, mas que, gradativamente, através do diálogo, tornam-se inteligíveis.
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Como nos informa Vygotsky (in: Oliveira, p.51) "O uso da linguagem como instrumento de pensamento supõe um processo de internalização da linguagem. Isto é, não é apenas por falar com as outras pessoas que o individuo dá um salto qualitativo para o pensamento verbal; ele também desenvolve, gradualmente, o chamado "discurso interior" que é uma forma interna de linguagem, dirigida ao próprio sujeito e não a um interlocutor externo".
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O incentivo à expressividade, na comunicação oral, permite aos alunos exporem seu pensamento acerca do tema em pauta, com perguntas, opiniões e reflexões, relacionando a expressão de seu próprio pensamento aos de outros colegas e, assim, reorganizar a lógica textual oral, individual e coletiva para, então, melhor elaborar seu texto final.
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Assim, o objetivo é a exteriorização do pensamento dos alunos através da oralidade e, ao mesmo tempo, promover a interação entre todos através do diálogo, transmitindo e recebendo não apenas opiniões subjetivas, como também, promovendo a comunicação oral entre todos, além de estabelecer harmonia na comunicação interindividual, respeito e compreensão a outras leituras diferentes das suas.
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De acordo com Stella (2005), fundamentada em Bakhtin, "[...] A compreensão do mundo, pelo sujeito, acontece no confronto entre as palavras [signo social] da consciência [discurso interior] e as palavras circulantes na realidade, entre o interno e o externamente ideológico. A interiorização da palavra acontece como uma palavra nova, surgida da interpretação desse confronto".
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Referências Bibliográficas
BAKHTIN, Mikhail (V.N.Volochínov). Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 2004.
MIOTELLO, Valdemir. O diferente sou eu para o outro: pensares rascunhado à sombra e luz de Bakhtin. In: LOPES, Luis Paulo da Moita (org.): Por uma lingüística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006, PP.393-396.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky. Aprendizado e desenvolvimento: Um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1997, p.51.
STELLA, Paulo Rogério. Palavra. In: Brait, Beth (org). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005, p. 179.
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