Frontera – Jorge Drexler
Yo no sé de dónde soy,
mi casa está en la frontera
Y las fronteras se mueven,
como las banderas.
Mi patria es un rinconcito,
el canto de una cigarra.
Los dos primeros acordes
que yo supe en la guitarra
Soy hijo de un forastero
y de una estrella del alba,
y si hay amor, me dijeron,
y si hay amor, me dijeron,
toda distancia se salva.
No tengo muchas verdades,
prefiero no dar consejos.
Cada cual por su camino,
igual va a aprender de viejo.
Que el mundo está
como está por causa de las certezas
La guerra y la vanidad
comen en la misma mesa
Soy hijo de un desterrado
y de una flor de la tierra,
y de chico me enseñaron
las pocas cosas que sé
del amor y de la guerra.

Estou frontera sem rio, sem ponte. Homem ou mulher? Sem sexo que. Vai e vem de, feito água de rio que corre em margens adentro e deixa rastros. Sinto roçar a língua de Benedetti bem ali, com otros de cá e de lá. Diálogos do melhor e pior de nossa história. Bombas, cuias, amargos. Diversos e complexos espaços de vidas, pontos de encontro. Cruzar constamente por gentes, portas que se olham. Há perguntas e olhares de. Avenida. Calçadas, gentes. Tardes, manhãs...
- Que língua?
ﭗﭙﭡﭑﭩﭷﭾﯼﮛ- Bah... do inglês ela! Agora entendo!
- Hum... são de lá, do Líbano.
- Adoro aquele tempero.... zatar!
- Zatar! Rssss
O Duty Free é logo ali. Dólar, real, peso.
- Vo hablá castellano?
- Sí.
- Ah, tu é daqui!
- Sim.
ﭗﭙﭡﭑﭩﭷﭾﯼﮛ- Bah... do inglês ela! Agora entendo!
- Hum... são de lá, do Líbano.
- Adoro aquele tempero.... zatar!
- Zatar! Rssss
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- Vo hablá castellano?
- Sí.
- Ah, tu é daqui!
- Sim.
Não se pergunta onde é o aqui, lá é um. Caminham, cruzam, vai e vem, sem ponte, sem rio. Aceguá de lá e de cá. Mesmo vento, frio, sol, chuva... tudo se mistura.
2
Uma praça ou plaza ao meio de. O Livramento daqui é ser livre. Passeiam véus negros que cobrem a cabeça. Dialogam as línguas.
- Qué te hace falta?
- Bom dia...
- Shukran.
Hum, entendo isso. Do Egito!
Atrás agora ficou a praça. Mais gentes, mais diálogos... pernas tantas que caminham pra lá e pra cá...
- Tu sabe onde tem um quiosco para?
- Baixa duas cuadras e no medio da plaza.
O dinámico e fluido de tudo cá e pra lá. Entra-se na onda, tudo se move, não há fixo. A certeza foi para. A verdade inventa-se.
- Buen día, vos tenés algún diario...
- Sim, aquí; mais este.
- Bom, gracias.
O diario passa pelas mãos enquanto o ouvido ...
- Bom dia, tudo bem?
- Ola, que tal?
A língua aqui é um código secreto, cada um tem a sua. Risos até. Não sou daqui. Onde mesmo? Aqui? Bah,... tem um aqui? Fronteras hein!!! Otros diálogos. O mate de Rivera...
Ri e ve a vera que passa, tão cheia de graça. Que rima! Mas isso é do...
3
O livro segue, a lição ensina. Muitas fotos! Filas. A nuca do outro. Escutar, só o cd, repetir, ler, escrever, copiar, a lição ensina em cima da mesa...Yo hablo, tú hablas... No se come la s! Isso é portuñol. Que horrível! Mercosul. Dialetos! NO. Feíssimo! Violação!
- Faltou o...
- Menos 1 ponto.
- Não dá, vai rodá.
- De novo?
- Sim... e...
- O certo é ....
- Ah, corrige sempre! Adoro quando o senhor faz isso. Aprendo.
E impõe-se que interlíngua é metade de, com, sem; uma primeira e uma segunda, nem uma nem outra. Tu não tá nem lá nem cá. Uma esterlidade gramatical corta ao meio. Tem um padrão. Um estranho no meio do outro. E a gente fica no meio ? da ponte sem. E, a fossilização cessa. Não evolui. Otro, meio diálogo. Não sai do lugar. Acabou. Fóssil é morto. Parou. Trancou. Aquele otro que está ali, mas não há. Volta! Repete! Hum! Zero! Roda de novo. Não pensa, não tem...
Ali, um livr(a)ement(o)e que não. Língua? Otros diálogos. Dialetos dizem.
- A gente não aprende. Se não tiver um nativo, não dá. Como!
Em nome de certezas. Não se olha o híbrido. Busca-se a verdade. Sujeito mudo. Falta isso. Não tem aquilo. Portuñol desgraçado. Põe tudo no mesmo saco. Todos os gatos são pardos, de dia e noite. Todos fugiram, sem padrão!
Que horror essa gente, não respeita nada!
As bandeiras se movem, de lá pra cá. Fronteras. Otros. Diálogos.
E todos querem a verdade. Mas baaaa, tche! Que barbaridade! Isso é chinelagem, tu ves! Já fiquei borracho!
- Ah, já tá fossilizado! Não tem jeito!
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Uma praça ou plaza ao meio de. O Livramento daqui é ser livre. Passeiam véus negros que cobrem a cabeça. Dialogam as línguas.
- Qué te hace falta?
- Bom dia...
- Shukran.
Hum, entendo isso. Do Egito!
Atrás agora ficou a praça. Mais gentes, mais diálogos... pernas tantas que caminham pra lá e pra cá...
- Tu sabe onde tem um quiosco para?
- Baixa duas cuadras e no medio da plaza.
O dinámico e fluido de tudo cá e pra lá. Entra-se na onda, tudo se move, não há fixo. A certeza foi para. A verdade inventa-se.
- Buen día, vos tenés algún diario...
- Sim, aquí; mais este.
- Bom, gracias.
O diario passa pelas mãos enquanto o ouvido ...
- Bom dia, tudo bem?
- Ola, que tal?
A língua aqui é um código secreto, cada um tem a sua. Risos até. Não sou daqui. Onde mesmo? Aqui? Bah,... tem um aqui? Fronteras hein!!! Otros diálogos. O mate de Rivera...
Ri e ve a vera que passa, tão cheia de graça. Que rima! Mas isso é do...
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O livro segue, a lição ensina. Muitas fotos! Filas. A nuca do outro. Escutar, só o cd, repetir, ler, escrever, copiar, a lição ensina em cima da mesa...Yo hablo, tú hablas... No se come la s! Isso é portuñol. Que horrível! Mercosul. Dialetos! NO. Feíssimo! Violação!
- Faltou o...
- Menos 1 ponto.
- Não dá, vai rodá.
- De novo?
- Sim... e...
- O certo é ....
- Ah, corrige sempre! Adoro quando o senhor faz isso. Aprendo.
E impõe-se que interlíngua é metade de, com, sem; uma primeira e uma segunda, nem uma nem outra. Tu não tá nem lá nem cá. Uma esterlidade gramatical corta ao meio. Tem um padrão. Um estranho no meio do outro. E a gente fica no meio ? da ponte sem. E, a fossilização cessa. Não evolui. Otro, meio diálogo. Não sai do lugar. Acabou. Fóssil é morto. Parou. Trancou. Aquele otro que está ali, mas não há. Volta! Repete! Hum! Zero! Roda de novo. Não pensa, não tem...
Ali, um livr(a)ement(o)e que não. Língua? Otros diálogos. Dialetos dizem.
- A gente não aprende. Se não tiver um nativo, não dá. Como!
Em nome de certezas. Não se olha o híbrido. Busca-se a verdade. Sujeito mudo. Falta isso. Não tem aquilo. Portuñol desgraçado. Põe tudo no mesmo saco. Todos os gatos são pardos, de dia e noite. Todos fugiram, sem padrão!
Que horror essa gente, não respeita nada!
As bandeiras se movem, de lá pra cá. Fronteras. Otros. Diálogos.
E todos querem a verdade. Mas baaaa, tche! Que barbaridade! Isso é chinelagem, tu ves! Já fiquei borracho!
- Ah, já tá fossilizado! Não tem jeito!
Um comentário:
"A vida é tão simples que ninguém a entende" - Mia Couto e Natália Luiza (MAR ME QUER)...
Simples assim. E como digo no meu blog: Por que complicam tanto a cabeça da gente?
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