Nara Soares Couto
Para Bakhtin (...) nos constituímos como seres individuais a partir de nossa relação inter-psíquica. Somos o outro em nós, portanto, somos o que não somos, porque a alteridade é para o autor fundamento essencial para a constituição de nossa subjetividade.
Nesse contexto o dialogismo constitui a interiorização do exterior e desfaz o idealismo de que somos seres unos, desse modo, a atividade mental se constitui pela atividade social.
A manifestação da subjetividade humana produzida a partir da alteridade é revelada por meio do discurso, potente força veiculadora de ideologias.
O outro fala em nós mas nós falamos no outro, essa alteridade revela a não existência de um domínio porque negociamos sentido, empregamos conscientemente nossos argumentos revelando nossa singularidade e assimilamos o discurso do outro enquanto o outro assimila o nosso.
Nas palavras de Bakhtin (1992, p. 131 – 132):
Compreender a enunciação de outrem significa orientar-se em relação a ela, encontrar o seu lugar adequado no contexto correspondente. A cada palavra da enunciação que estamos em processo de compreender, fazemos corresponder uma série de palavras nossas, formando uma réplica. Quanto mais numerosas e substanciais forem, mais profunda e real é a nossa compreensão.
Nessa relação de contrários nos constituímos de maneira reflexiva não pela imposição do outro mas por nossa condição de sujeitos na formação da subjetividade humana que se expande na medida em que a consciência se aprimora.
Em síntese, nossa identidade revela os vários eus historicamente constituídos e só a consciência do outro possibilita o despertar de nossa consciência.
Para Bakhtin (...) nos constituímos como seres individuais a partir de nossa relação inter-psíquica. Somos o outro em nós, portanto, somos o que não somos, porque a alteridade é para o autor fundamento essencial para a constituição de nossa subjetividade.
Nesse contexto o dialogismo constitui a interiorização do exterior e desfaz o idealismo de que somos seres unos, desse modo, a atividade mental se constitui pela atividade social.
A manifestação da subjetividade humana produzida a partir da alteridade é revelada por meio do discurso, potente força veiculadora de ideologias.
O outro fala em nós mas nós falamos no outro, essa alteridade revela a não existência de um domínio porque negociamos sentido, empregamos conscientemente nossos argumentos revelando nossa singularidade e assimilamos o discurso do outro enquanto o outro assimila o nosso.
Nas palavras de Bakhtin (1992, p. 131 – 132):
Compreender a enunciação de outrem significa orientar-se em relação a ela, encontrar o seu lugar adequado no contexto correspondente. A cada palavra da enunciação que estamos em processo de compreender, fazemos corresponder uma série de palavras nossas, formando uma réplica. Quanto mais numerosas e substanciais forem, mais profunda e real é a nossa compreensão.
Nessa relação de contrários nos constituímos de maneira reflexiva não pela imposição do outro mas por nossa condição de sujeitos na formação da subjetividade humana que se expande na medida em que a consciência se aprimora.
Em síntese, nossa identidade revela os vários eus historicamente constituídos e só a consciência do outro possibilita o despertar de nossa consciência.
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