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O Dialogismo para Bakhtin – conseqüências da criação desse conceito para os estudos de gramática e de literatura

Priscila Penna Ferreira
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O que Bakhtin tinha em mente era constituir uma ciência que fosse além da lingüística, examinando o funcionamento real da linguagem em sua unicidade e não somente o sistema virtual que permite esse funcionamento.
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Para ele a língua, em sua totalidade concreta, viva, em seu uso real, tem a propriedade de ser dialógica. Todos os enunciados no processo de comunicação independentemente de sua dimensão são dialógicos. Para Bakhtin o dialogismo é as relações de sentido que se estabelecem entre dois enunciados, pois ele acreditava que não havia nenhum objeto que não aparecesse cercado embebido em discursos. Por isso, todo discurso que fale de qualquer objeto não está voltado para a realidade (em si), mas para os discursos que a circundam. Portanto, toda palavra dialoga com outras palavras.
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Todo texto é marcado pela bivocalidade, isto é, pela voz que o ordena e pelas vozes mobilizadas e que ali ressoam.
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Sabendo que todos os enunciados são dialógicos, ou seja, toda palavra dialoga com todas as palavras, chega-se à conclusão de que não basta saber o significado das unidades lingüísticas que o compõem; como é o caso da gramática, é indispensável a percepção das relações dialógicas que trata com os outros enunciados, tal qual, é o produto de uma manifestação valorativa,
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Se na prática realmente adotasse os pensamentos bakhtinianos sobre presente assunto, as aulas passariam a ter mais valor, e mais razão para os estudantes. Como exemplo, as aulas de literatura; os alunos teriam mais liberdade de analisar os textos literários, com isso o aprendizado seria mais eficaz e eficiente.
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Referências:
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.FIORIN: José Luiz de. Introdução ao pensamento de. Bakhtin. São Paulo: Ática, 2006

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